Percorri caminhos
alguns, escuros e sombrios,
outros alegres e tortuosos.
Fui às entranhas da vida.
Subi e desci lugares.
Andei por espaços vazios
da solidão.
Busquei a realidade
e ao enxergar a imensidão.
Percebi que não sabia mais chorar.
Queria apenas voar.
Soltar a vergonha,
esquecer o medo,
enfrentar a culpa,
deixar o ódio ferver.
Fui até onde meus olhos seguiam,
até meu corpo adoecer.
Fugi da raiva,
perdi o caminho,
deixei a vida florescer.
Foi quando percebi
o quanto era bom viver.
Seguir a estrada
deixando-me envolver.
Sentindo a vida em meu ser.
Sem jamais precisar me esconder.
Josiane Paraboni
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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